quarta-feira, 2 de julho de 2008

“Algumas pessoas acham que estou ali por diversão “, diz Michelle Moraes.


Michelle de Moraes, 18 anos. São Paulo. Executa a profissão de monitora de Buffet, há 2 anos.


Equipe de Reportagem: Amanda de Moraes Rodrigues nº 2 1ºG
Ana Beatriz Walter Falvela n º 3
Caroline Pereira n º 10
Ricardo Latorraca De Angelis n º 32


Repórteres: Há quanto tempo você exerce essa ocupação ?Monitora de Buffet: Há 2 anos.
Repórteres: Qual a média de rendimento que você por dia?Monitora de Buffet: Cada festa que eu faço ganho 15,00.
Repórteres: Qual sua carga diária de trabalho?Monitora de Buffet: 8 horas por dia.
Repórteres: Conte-nos como é sua rotina de trabalho.Monitora de Buffet: Tenho que chegar 2 horas antes de cada evento realizado pelo Buffet, para poder arrumar as coisas. Participo da festa ajudando a recriar as crianças e não deixar com que elas quebrem nada do buffet e após a festa tenho que guardar a decoração e as vezes ainda ajudar a limpar o salão.
Repórteres: Conte-nos uma situação de trabalho em que você perdeu o controle emocional.Monitora de Buffet: Quando um pai de uma criança veio falar para minha gerente que eu não estava tratando o filho dele bem, sendo que o filho dele tinha conseguido quebrar o escorregador e ainda puxou o cabelo de uma outra criança. O que eu fiz foi apenas chamar atenção normal como sempre faço. A criança foi falar pro pai que eu havia gritado com ele. Conclusão: quase fui mandada embora, mais tudo foi resolvido, a criança contou para o pai oque realmente aconteceu e ainda me pediu desculpas.
Repórteres: Conte-nos como o senhor entrou nessa ocupação.Monitora de Buffet: Fui indicada por uma amiga que trabalha no Buffet. Repórteres: Qual é sua opinião sobre a clientela?Monitora de Buffet: Na maioria das vezes me dou muito bem com todos, as pessoas estão felizes por estar participando de uma festa, então eles são muito gentis e agradáveis, não todos mais a maioria sim.
Repórteres: Como as pessoas vêm sua profissão?Monitora de Buffet: Algumas pessoas acham que eu estou ali por diversão, poucas sabem que é uma ocupação muito cansativa e muitas vezes estressante devido ao tempo que tenho que ficar trabalhando.
Repórteres: Que motivo levam as pessoas a escolherem o trabalho informal? Monitora de Buffet: Talvez seja pelo fato de não conseguirem um trabalho não informal, então muitas vezes as pessoas optam por esse tipo de trabalho.
Repórteres: E sobre suas condições de trabalho, o que você me diz?Monitora de Buffet: Não tenho o que reclamar. Sempre estão em pagando em dia, nunca tive problemas em relação as minhas condições de trabalho.
Repórteres: Agora me de uma declaração dizendo porque você gosta e porque não gosta do seu serviço.Monitora de Buffet: Eu gosto porque querendo ou não sempre me divirto com as crianças, digamos que seja um trabalho muito divertido. Não gosto, pois é muito cansativo, às vezes estou passando por problemas familiares, por exemplo, e não poço ficar parada, tenho que animar as crianças como se nada tivesse acontecendo, é muito complicado. Tirando isso nada a reclamar.

“ vim para São Paulo em busca de tentar dar uma vida melhor ...”, diz Aparecida das Graças Curtes Silva.

Aparecida das Graças Curtes Silva, 54 anos, diarista há 18 anos.

Equipe de reportagem:
Alan Nogueira Campos
Daniella dos Santos Sousa
Mariana Ippolito


Repórteres: Há quanto tempo a senhora exerce essa ocupação?
Diarista: Há 18 anos

Repórteres: Qual média de rendimento que a senhora retira por dia?
Diarista: R$: 60,00

Repórteres: Qual a sua carga diária de trabalho?
Diarista: oito horas.

Repórteres: Conte-nos como é sua rotina de trabalho?
Diarista: Sou recebida na casa, comprimento todos presentes, me troco, tomo café e dou inicio ao serviço.Paro somente para almoçar, e ir ao banheiro.Ao final do dia, quando a casa se encontra arrumada e limpa, eu vou embora.

Repórteres: Conte-nos uma situação de trabalho que a senhora perdeu o controle emocional.
Diarista: -Durante um serviço, coloquei roupas para lavar, na maquina de lavar.Mas ninguém da casa havia me explicado como mecher.Eu desesperada me vi em uma situação de risco, perdi o controle total da situação e comecei á chorar.Rezei e pedi muito a Deus que me ajudasse a abri a maquina.Logo quando a maquina abriu, agradeci a Deus pela ajuda.Mas me vi em uma situação bem complicada, onde não consegui controlar meu emocional.

Repórteres: Conte-nos como à senhora entrou nessa profissão.
Diarista: Sai de minha terra natal o Paraná, e vim para São Paulo em busca de tentar dar uma vida melhor ás minhas filhas pequenas, e lutar junto com meu marido por uma casa própria.

Repórteres: Qual a sua opinião sobre a clientela?
Diarista: Na verdade eu não considero as clientes como patroas, e sim como grandes amigas, como uma família, onde eu tenho a total liberdade de trabalhar e me sinto á vontade.Então no meu caso, "Clientela" não existe.

Repórteres: Como as pessoas vêem sua profissão?
Diarista: Na minha opinião as pessoas vêem minha profissão com muito respeito.


Repórteres: Que motivos levam as pessoas a escolherem o trabalho informal?
Diarista: Porque a maioria não possui estudo, não fizeram faculdades, nem cursos, e sem isso sabemos que nunca arranjaríamos trabalhos de carteiras assinadas.Nós batalhamos por nossos ideais.

Repórteres: Você já sofreu alguma descriminação devido ao seu trabalho?
Diarista: Não sofri descriminação por pessoas amigas (clientes) e, sim por próprios familiares.

Diarista: "Gosto tanto do meu trabalho, faço com o maior amor e carinho. Quando deixo a casa arrumada ao fim do dia, fico satisfeita, porque sinto que compri com minha tarefa. Gosto muito do serviço que faço.Fico feliz com ele. Eu procuro arrumar as casa onde trabalho como se fossem á minha própria casa! Sinto prazer em fazer o que faço. E não me envergonho nem um pouco! "

“... eu não quero mais ser empregado. Quero ficar aqui.”, diz Manoel Vítimos Soares

Manoel Vítimos Soares, 53 anos, trabalhador de reciclagem e 4 anos de atuação nessa profissão.

Equipe de reportagem: Camila Teixeira de Souza
Katia Aparecida Ferreira Lima
Larissa Carvalho

Entrevista ilustrada – Informações do trabalhador

Repórteres: Há quanto tempo o senhor exerce essa ocupação?
Trabalhador de reciclagem: Há quatro anos
Repórteres: Qual é a média de rendimentos que o senhor retira por dia ou mensalmente?
Trabalhador de reciclagem: Dinheiro a gente não costuma muito dar o valor “x” porque a gente nunca tem uma base “x”. É um trabalho que você... É o que você quer durante o mês, então a gente sobrevive do que faz aqui, mas um valor certo a gente não tem.
Repórteres: Qual é sua carga diária de trabalho?
Trabalhador de reciclagem: Isso como patrão também não tem uma definição, o normal da cooperativa funciona em horário comercial para todos, mas tem os que tem interesse e vontade de aumentar sua renda eles fazem hora fora do horário da cooperativa.

Entrevista noticiosa – Relato de fatos de sua ocupação

Repórteres: Conte – nos como é sua rotina de trabalho?
Trabalhador de reciclagem: É agradável. Quando eu cheguei aqui eu achava que estava entrando em um mundo de maluco, e hoje eu já faço por gostar, então si tornou uma rotina bem agradável meu trabalho aqui.
Repórteres: Conte – nos uma situação de trabalho em que perdeu o controle emocional.
Trabalhador de reciclagem: Todo dia, aqui é todo dia quando você trabalha com mais de cinco pessoas, que você tem que planejar essa organização sempre você ta saindo fora do controle.
Repórteres: Conte – nos como o senhor entrou nessa ocupação.
Trabalhador de reciclagem: Quando eu comecei acho que eu já quase falo, que quando eu comecei foi por causa do aumento do desemprego, mas já hoje eu não quero mais ser empregado. Quero ficar aqui.

Entrevista opinativa

Repórteres: Qual é sua opinião sobre a sua clientela?
Trabalhador de reciclagem: Não, não é legal sim. Essa sua pergunta é legal, mas quando se fala do mundo empresarial, ai a posição da gente pode acreditar que não é nada boa. Porque para você conseguir alguma coisa com os milionários, ai só se brigar. Então não é muito agradável.
Repórteres: Como as pessoas vêem sua profissão?
Trabalhador de reciclagem: Posso te garantir que, todo mundo respeita o trabalho que a gente faz, menos o poder público. É principalmente o municipal, que é a prefeitura.
Repórteres: Que motivos levam as pessoas a escolherem o trabalho informal?
Trabalhador de reciclagem: Talvez por ter a repressão dos patrões, quando você ta em um trabalho formal você tem horário, você tem obrigações e aqui você só tem a obrigação de sobrevivência, mas ninguém te manda fazer nada. Isso é consciência de cada um.

Pergunta – Coringa

Repórteres: Condições de trabalho.
Trabalhador de reciclagem: São bem agradáveis. Mesmo não tendo muito luxo, são bem agradáveis.
Repórteres: Declaração do entrevistado.
Trabalhador de reciclagem: A gente costuma falar para as pessoas com quem a gente trabalha, nós não temos outdoor para fazer nossa divulgação, nós não temos nada. A gente se sente muito feliz trabalhando com vocês. Eu tive fora do país para sobre reciclagem e alguém falou, teve uma pessoa aqui que falou do trabalho de vocês lá, então a gente se sente muito feliz de trabalhar com vocês, mostrar nosso trabalho para vocês, porque isso vira uma divulgação fora de sério, então foi ótima, muito bom o trabalhar junto com vocês.

"Acho que é uma profissão de ARTE " , diz Kelly Cristina de Mello Paixão, 26, manicure

Repórteres
Thainanny Alves Santos
Viviane Ioannou Albuquerque

Repórter- Há quantos anos você trabalha nessa ocupação?
Kelly Cristina- Trabalho a 5 anos nessa ocupação.

Repórter- Qual a média de rendimento por dia? por semana? por mês?
Kelly Cristina- R$50,00 reais. R$250,00.R$1000,00.

Repórter- Quantas horas a senhorita trabalha por dia?
Kelly Cristina- 12 Horas

Repórter- Conte-nos. Como é a sua rotina de trabalho?
Kelly Cristina- “Acordo as 6:00 da manhã levo meu filho a escola, e venho trabalhar. Chego aqui ás 9:00 e volto pra casa só às 21:00. Chegando em casa, eu do uma geral na casa, faço janta, arrumo a bolsa do meu filho, tomo banho e vou dormir.”

Repórter- Conte-nos um fato marcante da sua ocupação.
Kelly Cristina- “ Quando fui filmada para o programa MAIS VOCÊ ESPECIAL GRAVIDAS, da Ana Maria Braga. Isso aconteceu no dia 3 de Junho de 2006.”

Repórter- Conte-nos. Como você começou nessa ocupação?
Kelly Cristina- “ Minha mãe sempre trabalhou em salão, com isso eu fui incentivada a seguir essa profissão.OBS: Não fiz curso aprendi tudo que sei hoje com minha mãe.”

Repórter- Que opinião as pessoas tem a respeito da sua ocupação?
Kelly Cristina- “Todos gostam, e a maioria das pessoas pensam que quem trabalha em salão ganha bastente dinheiro, coisa que não é verdade.”

Repórter- Que opinião você tem sobre sua ocupação?
Kelly Cristina- “ Acho interessante minha profissão acho ate que é uma profissão de arte.”

Repórter- Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais?
Kelly Cristina- “Pelo menos a passagem e o registro na carteira, e uma ajuda de custo qualquer.”

Repórter - Condições de trabalho.
Kelly Cristina- “Boas. Tem um ambiente legal, os clientes são bastante educados, os colegas de trabalho também são legais. São as condições financeiras não são lá essas coisas mais da pra sobreviver, como eu disse na pergunta anterior precisamos de uma ajuda de custo.”

Repórter - Declaração pessoal.
Kelly Cristina- “Para trabalhar como profissional informal requer muita força de vontade. Que inclui abandono do filho, do lar, de si própria e também precisa ter muita paciência e muita determinação. Tudo isso porque você não tem hora pra sair e nem pra chegar.”