segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Sempre trabalhar fazendo o que gosta",diz Nildo Marques, 35, vendedor de cachorro quente.

Equipe de reportagem
Adrielle Cristina Torres Rios
Ana Carolina Machia Conceição
Mayara Elisangela de Sousa

Repórter: Há quanto tempo trabalha desta ocupação?
Vendedor de cachorro quente : Há um mês.

Repórter: Qual a média de rendimento que o Senhor obtém nesta ocupação por semana?
Vendedor : Entre R$ 1.500 e R$ 1.600

Repórter: Quantas horas o Senhor trabalha por dia?
Vendedor : Oito horas.

Repórter: Conte-nos como é a sua rotina de trabalho.
Vendedor : Chego no local, abro a perua, armo as mesas para os clientes com o toldo, coloco a chapa do cachorro quente para esquentar, limpo todos os vidros de ingredientes e os organizo deixando tudo higienizado.

Repórter: Conte-nos um fato marcante em sua ocupação.
Vendedor : No dia em que estorou a bateria da perua e tivemos que empurrar a mesma até em casa, chegando na minha residência as 05h.

Repórter: Conte-nos como você começou nesta ocupação.
Vendedor : Comecei através de um amigo que me ajudou a comprar a perua para começar a vender cachorro quente.

Repórter: Conte-nos como você começou nesta ocupação.

Vendedor : Comecei através de um amigo que me ajudou a comprar a perua para começar a vender cachorro quente.

Repórter: Que opinião as pessoas tem sobre sua ocupação?
Vendedor : Acham o melhor, me dando apoio de sempre seguir em frente.

Repórter: Que opinião você tem sobre sua ocupação?
Vendedor : Sempre trabalhar fazendo o que gosta na vida.

Repórter: Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais?
Vendedor : Receber um salário do governo, e ter os mesmos direitos dos outros.

Repórter: Você acha que um estabelecimento fechado, te daria mais condições, ou trabalhando na perua esta de bom tamanho?
Vendedor : Sem duvidas eu preferia ter meu próprio estabelecimento.

Repórter: A nível de futuro o que você espera adquirir com sua ocupação?
Vendedor : A minha tendência é sempre melhorar, ir em frente e ter sempre o melhor.

"Tudo começou vendendo água de coco", diz Edina Machado,52,vendedora de doces.

Equipe de reportagem
Jéssica Savioli Gaglieta
Mayara Santos Françozo
Muriel Dias Silva


Repórter: Há quanto tempo trabalha nesta ocupação?
Vendedora de Doces: Há mais ou menos 7 anos.

Repórter: Qual a média de rendimento que a senhora obtém nesta ocupação por semana?
Vendedora : Depende do dia.Tem dia que retiro 50 reais como tem dia que retiro 25,00,30,00 reais.

Repórter: Quantas horas a senhora trabalha por dia?
Vendedora : 6,7 horas por dia.

Repórter: Conte-nos como é a sua rotina de trabalho.
Vendedora : Abro aqui por volta das 14:30h. É quando a turma de manhã da escola já chegou,almoçou.Ai eles vem, compram gelinho,sorvete,doces. E é assim toda hora, até o momento que fecho, lá pras 20:30,21:00h.

Repórter: Conte-nos um fato marcante em sua ocupação.
Vendedora : Uma vez veio uma menina de 2 anos de idade,e pediu um menino da mesma idade em namoro,foi um fato engraçado e marcante pra mim.

Repórter: Conte-nos como você começou nesta ocupação.
Vendedora : Tudo começou vendendo água de coco e gelinho em casa,ai meu marido deu a sugestão de abri uma lojinha de doces.

Repórter: Que opinião as pessoas tem sobre sua ocupação?
Vendedora : Elas adoram,pedem para mim não fechar,eu sou a alegria do povo.(risos)

Repórter: Que opinião você tem sobre sua ocupação?
Vendedora : Para minha idade é muito bom porque quando chega uma certa idade você tem que se ocupa com algo seja oque for,e essa foi uma escolha de se ocupa,eu posso trabalha ao mesmo tempo me distraio

Repórter: Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais?
Vendedora : Deveriam pagar menos impostos e terem mais empregos para esses trabalhadores com carteira assinada e tudo mais.

Repórter: Se um dia você fecha aqui,você se ocupará de outra forma?
Vendedora : Não,porque aqui não é só pra ganha dinheiro e sim pra conversa com a vizinhança,faze com que todos se conheçam.

Repórter: A nível de futuro o que você espera adquirir com sua ocupação?
Vendedora : Quem sabe abri uma coisa maior.

“Tô aí já há 7 anos exercendo a profissão perigo.” declara Marcos Ângelo Lopes,25, entregador de pizza.

Repórter 3 – E aí Marcos, boa noite. Obrigado por ceder seu tempo; você poderia nos dizer um acontecimento que foi marcante na sua profissão?
Marcos - Opa, boa noite aí também. Eh, uma coisa que eu não esqueço foi no dia que eu estava indo pra pizzaria, eu peguei a Marginal, tava quase chegando, eu ia pra pista local, quando um caminhão me fechou. Eu fiquei uma semana em coma, quebrei uma perna, três costelas e tive meu pulmão esquerdo perfurado. Daquele dia em diante eu sinto que eu “nasci de novo”.

Repórter 2 - Nossa, que eletrizante!(risos) Mas mesmo sabendo desses riscos como entregador de pizza, o que te levou a escolher essa profissão?
Marcos - Minha situação financeira, principalmente, e também que desde os 18 eu tenho moto. Mais o principal foi falta de dinheiro mesmo.

Repórter 1 - E em média, quanto recebe um entregador de pizza?
Marcos - Hum, isso depende muito. Eu já trabalhei em um lugar que eu ganhava mais ou menos uns 20 reais por noite. Hoje eu ganho por entrega, faço mais ou menos uns 70 reais por noite, mais isso muda muito, de segunda ganho uma coisa e de sábado ganho outra.

Repórter 2 - Conte pra gente os motivos que fizeram você ganhar bem mais,ou bem menos,em uma noite.
Marcos - Isso aí depende de várias coisas, tipo o tempo: quando tá frio, chovendo, mais gente acaba pedindo pizza; de sexta e sábado a mesma coisa. O meu recorde foi uns 350 reais em uma noite, eu acho que foi sorte.

Repórter 3 - E como é a sua rotina de trabalho?
Marcos - Tô aí já há 7 anos exercendo a profissão perigo. Todo dia eu chego na pizzaria umas 7:30, fico lá na frente esperando pedido.Começa a ter lá pras 8:20, aí eu olho no mapa o endereço de onde vou. Quando chego lá, sempre tento parecer legal pra pegar um trocad.Aí volto pra pizzaria, mais tem vezes que eu levo mais de um pedido, aí meu rolê é maior.

Repórter 1 - E como são as condições de trabalho na pizzaria onde você trampa?
Marcos - Nessa aí que eu tô agora até que são boas, a galera da pizzaria é firmeza, o espaço é legal, é um lugar que eu vô voltar muitas vezes pra comer, o dono também sempre me paga em dia. Mais já trampei em muitos lugares que eram um lixo, não vou citar aqui, mais foi uma par.

Repórter 3 - Você gosta do que faz? Por quê?
Marcos - Eu estou desde os 18 nessa vida, sempre gostei de motos, e entregar pizza é uma profissão boa, eu ganho o suficiente para sustentar eu e meus três filhos. Sim, eu acabo gostando né, por bem ou por mal.

Repórter 2 - O que você pretende pro seu futuro?
Marcos - Entregar pizza é uma boa, mas nunca pensei no meu futuro. Sou novo ainda, tenho 25; mas pretendo abrir minha própria pizzaria.Eu tenho uma poupança, todo mês eu deposito uns 70 reais lá.Aí quando eu sentir que não dá mais pra eu continuar em cima da moto, eu monto a minha própria pizzaria.

Repórter 1 - Quais as dificuldades que você encontra na sua profissão?
Marcos - Hum, a principal é mesmo quanto aos carros, que não respeitam nós motociclistas, já sofri muitos acidentes, outra grande dificuldade que eu tenho, é a informalidade do entregador de pizza, se tivesse carteira assinada e todos aqueles direitos lá, eu podia ficar pra sempre entregando pizzas.

Repórter 1 - Então Marcos, pra fechar a entrevista, você tem algo mais a dizer, alguma declaração, mandar um salve pra alguém.
Marcos - Sim, queria mandar um salve pra toda a minha família, mais principalmente para minha mãe, por me botar no mundo, tá ligado?Também um salve pra galera do Pizza Mil, e um salve pros meus filhos, Alamberto, Scotte e Brendam. Obrigado pelo espaço, fiquem com Deus!

“... passo por muitas humilhações, mas é necessário para sustentar minha casa.”, diz Maria da Conceição Cunha,41,há 21 anos diarista.

Por:
Beatriz Souza Parrado
Déborah Cristina Rafael
Erica de Carvalho
Leobas

Repórter – Como é sua rotina de trabalho?
Maria da Conceição-Eu chego de manhã no endereço que me passaram, aí o patrão ou a patroa me explica o serviço que eu devo fazer, eu faço e no fim do dia, quando eu termino tudo direitinho, recebo o dinheiro e volto pra minha casa.

Repórter – O que levou a senhora a trabalhar nessa atividade?
Maria da Conceição-A falta de estudo e a necessidade de dinheiro.

Repórter – Em média, quanto recebe um trabalhador nessa atividade?
Maria da Conceição-De R$ 40,00 a R$ 70,00 por dia.

Repórter – Conte-nos um acontecimento que foi marcante na sua profissão.
Maria da Conceição-Minha patroa saiu para trabalhar e eu fiquei sozinha em casa com o marido dela, e ele ficava dando em cima de mim.

Repórter– Conte-nos os motivos que fizeram você ganhar bem mais ( ou bem menos ) que você ganha normalmente.
Maria da Conceição-Quando em um mesmo dia eu limpei duas casas, porque o serviço era pouco.

Repórter – Conte-nos que condições de trabalho você tem para ganhar o seu sustento.
Maria da Conceição-Depende muito da casa, porque tem pessoas que se preocupam e outras não.

Repórter – Você gosta do que você faz? Por quê?
Maria da Conceição-Eu não gosto, porque passo por muitas humilhações, mas é necessário para sustentar minha casa.

Repórter – O que você pretende para seu futuro profissional?
Maria da Conceição-Continuar limpando casas, porque não tenho dinheiro nem tempo para fazer uma faculdade e conseguir um emprego melhor.

Repórter – Quais as desigualdades que você encontra para exercer sua profissão?
Maria da Conceição-Quando as pessoas me maltratam e me tratam como se eu fosse um lixo.

Repórter – Quando você era criança, chegou a pensar que um dia seria uma diarista?
Maria da Conceição-Com certeza não, eu queria o melhor pra mim, mas tive que começar a trabalhar cedo para ajudar meus pais em casa, e não pude continuar os estudos.