sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Se formos protestar não teremos o que comer no dia seguinte" diz Vitor Mendes Neto,57,catador de papelão.

Equipe de Reportagem
Heitor Scalabrini Sampaio
Mauro da Silva Vilela
Wendel Perreira de Souza


Repórter: Conte-nos a sua rotina de trabalho.
Catador de Papelão: É assim,primeiro eu acordo lá pelas 5 horas da manhã,pego meu carrinho e vou buscar papel em pontos estratégicos, tem que ser rápido,pois há vários catadores deputando por papel,costumamos ir na frente de prédios enormes porque lá eles deixam vários sacos de papel picado e fico o dia todo catando papéis,só para descansar de vez enquando e no final do dia vou ao ferro velho,eles pesam e me dão o dinheiro.

Repórter: Conte-nos um fato marcante ou curioso em sua profissão(ocupação).
Catador de Papelão: Não há muitos,mas há um que eu não me esqueço, foi um dia que os homens do ferro velho pagaram o preço errado e acabou saindo uma briga,mó treta,ficaram mais de duas horas com aquela confusão e eu que não tenho nada a ver,acabei saindo perdendo porque naquele dia não deu pra vender o que tinha no meu carrinho.

Repórter: Conte-nos como você começou nessa ocupação.
Catador de Papelão: Foi aos 10 anos de idade,não tinha estudo, não sabia ler e nem escrever nada,mal sabia falar, aí acabei tendo que aprender a me virar sozinho,pois vim de uma família muito pobre.

Repórter: O que você pensa sobre essa ocupação?
Catador de Papelão: Eu acho que é um trabalho muito ruim,porque ganha pouco e você se gasta muito rapidamente,não tem banheiro,o sol forte atrapalha e a chuva também tem dias que fica praticamente muito difícil trabalhar,mas eu faço o possível para ganhar meu dinheirinho no final do dia.

Repórter: O Senhor se orgulha de sua profissão?
Catador de Papelão:A única coisa de que me orgulho nessa profissão é que tem que ter muita força de vontade para executar essa tarefa.

Repórter: Que opiniões as pessoas tem sobre sua ocupação?
Catador de Papelão: Isso realmente não sei, só quero que me respeitem do mesmo jeito que respeito eles.

Repórter: Que opiniões você tem sobre sua ocupação?
Catador de Papelão: A minha opinião é que é um trabalho que necessita muito esforço e que ganha pouco e que quanto mais se trabalha,mais se ganha,porém mais você se desgasta.

Repórter: Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais como você?
Catador de Papelão: Eu só acho que deveriam ter respeito com a nossa profissão e ajudar com alimentos, moradia, transporte e um monte de coisas.

Repórter: Você já teve oportunidade de ir para escola?
Catador de Papelão: Infelizmente não, pois eu tinha que ajudar a sustentar a família e também o nosso governo não ajuda.

Repórter: Então você não acha que deveria protestar?
Catador de Papelão: Dever,deveria mas se formos protestar não teremos o que comer no dia seguinte.

Repórter: Qual foi o dia em que você ganhou mais dinheiro no seu trabalho?
Catador de Papelão: Foi num dia que jogaram um monte de metal fora e você sabe que metal vale bastante para nós,catadores de lixo.

Declaracões Finais
Como podemos perceber a vida de um catador de papelão não é fácil e devemos agradecer por tudo que temos e escola que fraquentamos, a comida, a família, a ajuda, a tudo que temos de bom em nossa vida então estude bastante e aproveite as oportunidades se não você ganhara pouco e terá uma vida muito difícil e também devemos lutar por todos nossos direitos e viver uma vida digna honesta e justa

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