sexta-feira, 4 de julho de 2008

‘’Para sempre vendedor de sorvete’’,diz José Antonio Pereira,52,cinco anos de profissão

Equipe de reportagem
Daiana Cristina Braz Hiraoka
Vania de Almeida Araujo
Beatriz Felix da Silva

Repórter-Há quanto tempo o senhor exerce essa ocupação?
José Antonio: Há cinco anos

Repórter-Qual a média de rendimentos que o senhor retira por dia,semana ou mensalmente?
José Antonio: Retiro por dia uns 35 reais dependendo do tempo por semana retiro uns 200 reais se não estiver frio e no final do mês retiro uma base de 1100.

Repórter-Qual a sua carga diária de trabalho?
José Antonio: trabalho 10 horas por dia

Repórter-Conte-nos como é sua rotina de trabalho.
José Antonio: Bom minha rotina é muito corrida trabalho o dia inteiro debaixo do sol para ter o pão de cada dia

Repórter-Conte-nos uma situação em que o senhor perdeu o controle emocional.
José Antonio: Perdi o controle emocional quando um homem me assaltou levando todo o dinheiro que tinha conseguido no dia.

Repórter-Conte-nos como o senhor entrou nessa ocupação.
José Antonio: Entrei nessa profissão porque não tive muita escolha estava passando necessidade, pois o dinheiro da aposentadoria é muito pouco então resolvi vender sorvete e já estou nessa profissão há cinco anos e serei sorveteiro para sempre.

Repórter-Qual é sua opinião sobre sua clientela?
José Antonio: Minha clientela é muito boa já conheço boa parte da minha clientela são clientes muito bons e também pessoas super educadas

Repórter-Como as pessoas vêem sua profissão?
José Antonio: Acho que boa parte vê como uma profissão comum tirando alguns jovens que às vezes brincam comigo acho que todos vêem como uma profissão comum.

Repórter-Que motivos levam as pessoas escolherem o trabalho informal?
José Antonio: Acho que muitas vezes os trabalhadores informais não tem opção ou trabalha por conta própria ou passa necessidade porque hoje em dia esta muito difícil entrar para o mercado de trabalho

Repórter-Qual é a sua condição de trabalho?
José Antonio: Graças a deus minhas condições de trabalho são ótimas, pois tenho tudo que precioso para trabalhar e também tenho muitos clientes.

Declarações do entrevistado.
José Antonio: Amo meu trabalho mesmo ele sendo informal e serei para sempre sorveteiro.Jamais deixarei de vender sorvetes, pois alem de ser meu trabalho também me divirto muito na rua converso com muitas pessoas, conheço muitas pessoas e adoro fazer o que faço.

"Se formos protestar não teremos o que comer no dia seguinte" diz Vitor Mendes Neto,57,catador de papelão.

Equipe de Reportagem
Heitor Scalabrini Sampaio
Mauro da Silva Vilela
Wendel Perreira de Souza


Repórter: Conte-nos a sua rotina de trabalho.
Catador de Papelão: É assim,primeiro eu acordo lá pelas 5 horas da manhã,pego meu carrinho e vou buscar papel em pontos estratégicos, tem que ser rápido,pois há vários catadores deputando por papel,costumamos ir na frente de prédios enormes porque lá eles deixam vários sacos de papel picado e fico o dia todo catando papéis,só para descansar de vez enquando e no final do dia vou ao ferro velho,eles pesam e me dão o dinheiro.

Repórter: Conte-nos um fato marcante ou curioso em sua profissão(ocupação).
Catador de Papelão: Não há muitos,mas há um que eu não me esqueço, foi um dia que os homens do ferro velho pagaram o preço errado e acabou saindo uma briga,mó treta,ficaram mais de duas horas com aquela confusão e eu que não tenho nada a ver,acabei saindo perdendo porque naquele dia não deu pra vender o que tinha no meu carrinho.

Repórter: Conte-nos como você começou nessa ocupação.
Catador de Papelão: Foi aos 10 anos de idade,não tinha estudo, não sabia ler e nem escrever nada,mal sabia falar, aí acabei tendo que aprender a me virar sozinho,pois vim de uma família muito pobre.

Repórter: O que você pensa sobre essa ocupação?
Catador de Papelão: Eu acho que é um trabalho muito ruim,porque ganha pouco e você se gasta muito rapidamente,não tem banheiro,o sol forte atrapalha e a chuva também tem dias que fica praticamente muito difícil trabalhar,mas eu faço o possível para ganhar meu dinheirinho no final do dia.

Repórter: O Senhor se orgulha de sua profissão?
Catador de Papelão:A única coisa de que me orgulho nessa profissão é que tem que ter muita força de vontade para executar essa tarefa.

Repórter: Que opiniões as pessoas tem sobre sua ocupação?
Catador de Papelão: Isso realmente não sei, só quero que me respeitem do mesmo jeito que respeito eles.

Repórter: Que opiniões você tem sobre sua ocupação?
Catador de Papelão: A minha opinião é que é um trabalho que necessita muito esforço e que ganha pouco e que quanto mais se trabalha,mais se ganha,porém mais você se desgasta.

Repórter: Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais como você?
Catador de Papelão: Eu só acho que deveriam ter respeito com a nossa profissão e ajudar com alimentos, moradia, transporte e um monte de coisas.

Repórter: Você já teve oportunidade de ir para escola?
Catador de Papelão: Infelizmente não, pois eu tinha que ajudar a sustentar a família e também o nosso governo não ajuda.

Repórter: Então você não acha que deveria protestar?
Catador de Papelão: Dever,deveria mas se formos protestar não teremos o que comer no dia seguinte.

Repórter: Qual foi o dia em que você ganhou mais dinheiro no seu trabalho?
Catador de Papelão: Foi num dia que jogaram um monte de metal fora e você sabe que metal vale bastante para nós,catadores de lixo.

Declaracões Finais
Como podemos perceber a vida de um catador de papelão não é fácil e devemos agradecer por tudo que temos e escola que fraquentamos, a comida, a família, a ajuda, a tudo que temos de bom em nossa vida então estude bastante e aproveite as oportunidades se não você ganhara pouco e terá uma vida muito difícil e também devemos lutar por todos nossos direitos e viver uma vida digna honesta e justa

"Esse foi o jeito que achei para ganhar a vida" diz Rita Maria de Souza,37,Carrinheira.

Equipe de Reportagem:
Leonardo Augusto
Marcel Vitorino
Rafael Augusto

Repórter: A quanto tempo a senhora trabalha nessa ocupação?

Carrinheira: Há 10 anos.

Repórter: Qual a média de rendimento que a senhora obtém por dia?
Carrinheira: Uns R$20,00 por dia, mas depende do dia.

Repórter: Quantas horas a senhora trabalha por dia?
Carrinheira: De 4 a 5 horas por dia.

Repórter: Conte-nos como é sua rotina de trabalho.
Carrinheira:Eu acordo muito cedo, saio umas 08h da manhã e paro entre 12:00 a 13:00h, vendo o que conseguir pegar e vou para minha casa fazer minhas coisas.

Repórter: Conte-nos um fato marcante em sua profissão.
Carrinheira: Nesses dez anos,muitas coisas aconteceram e o que mais me marcou foi ter encontrado o homem com quem eu vivo hoje.

Repórter: Conte-nos como começou nessa ocupação.
Carrinheira:Não achei outra coisa para fazer,porque não sei ler e nem escrever,esse foi o jeito que achei para ganhar a vida.

Repórter: Que opinião as pessoas tem sobre a sua ocupação?
Carrinheira: As pessoas acham que somos bandidos,outras nos ajudam, pois sabem que somos esforçados.

Repórter: Que opinião você tem sobre a sua ocupação?
Carrinheira: Acho que faço um serviço honesto.

Repórter: Quais direitos trabalhistas deveriam ter os trabalhadores informais?
Carrinheira: Todos os direitos que um trabalhador normal tem.

Repórter:Quais são suas condições de trabalho?
Carrinheira: Muito ruim,porque muitas vezes temos que virar lixo para encontrar alguma coisa para vender.

Repórter: Declaração pessoal.
Carrinheira:Gostaria que a prefeitura regularizasse o alvará de funcionamento dos compradores dos nossos materiais,mas estão fazendo o contrário, estão colocando na rua caminhões para recolher os materiais que seriam do nosso trabalho e assim,diminuindo nosso ganho.

Sem título

Nome da entrevistada: Júlia Aparecida Rodrigues

Idade: 37 anos

Mora em: Perus z/o

Trabalha em: trabalha em uma barraca comida no Vila Lobos.


Rotina: Sai de casa as 5:30 h. da manhã para chegar no Vila Lobos 6:30/7:00, começa a montar a barraca até umas 8:00 no Maximo esta montada, trabalha o dia todo até umas 6:00/6:30, nesse horário desmontam a barra guardam tudo e umas 7:00 sai de lá para chegar em casa 8:30/9:00 sem transito.

Condições de trabalho: Ela fala que as condições são boas, o ruim é trabalhar todos os dias sem folgas.

Direitos como trabalhador: Ela fala que não tem 13º, às vezes da para tirar férias, mas só às vezes, pois trabalha bastante.

Remuneração: Diz ela que não tem salário fixo, mas ganha de 600 $ a 800$ no máximo.


Fim .




Alunos que realizaram a entrevista:

Nome: Grazielle Botelho Ramos dos Santos nº 09 1H

Nome: Lwalla Dias nº 24 1H

Nome: Rafaela Alves de Araújo nº 26 1H

“Eu gosto do que é meu, das minhas próprias conquistas” diz Regina,39,camelô.

Equipe de reportagem:
Jéssica Lodetti
Viviane Wellida

Repórter: De onde você veio?
Regina: Eu vim do Maranhão para São Paulo há alguns anos, por volta de 2004,mais ou menos.

Repórter: Quais os motivos que levaram você a seguir essa profissão?
Regina: Eu gosto de trabalhar com coisas minhas,eu gosto do que é meu,das minhas próprias conquistas,de ter o meu salário próprio e não de pessoas mandando em mim.

Repórter: Como é o dia-a-dia trabalhando como camelô?
Regina: É bom, não é cansativo e eu gosto do que faço diariamente.

Repórter: Quais as dificuldades que esse emprego trás diariamente?
Regina: Nenhuma para mim, mas para os camelôs que não tem licença para trabalharem é uma grande dificuldade todo dia.

Repórter: O local de trabalho, os fregueses e o movimento são bons?
Regina: Eu acho muito bom o movimento aqui na Lapa,os fregueses e o local de trabalho também são muito bons.

Repórter: O que você acha sobre as condições de trabalho?
Regina: Hoje é muito ruim,qualquer condição de trabalho é tudo muito difícil,são muitas as exigências.

Repórter: Qual sua opinião sobre seus direitos como trabalhadora?
Regina: Tenho direitos e deveres como qualquer outro trabalhador.

Repórter: O que você acha sobre a remuneração?
Regina: Muito boa,eu,graças a Deus ganho bem, por isso gosto de trabalhar para mim mesma.

Repórter: Você gosta de seu trabalho?
Regina: Sempre gostei do meu trabalho, sempre gostei do que faço e tenho orgulho disso.

Repórter: Se você não trabalhasse como camelô,gostaria de trabalhar em que?
Regina:Em uma profissão boa,como advogada ou médica, que ganhasse sempre bem.





Jessica Lodetti Garcia nº 15 1º H
Viviane Wellida Rocha nº 34

As pessoas pensam que não é um bom trabalho, as pessoas gostam muito de dividir as 'camadas' ,diz Alberto Nobrega Cunha, 46,pipoqueiro.

Pela equipe de reportagem
Renata Arcaro
Lorena Flores
Jade Brito


Repórter: Há quantos anos trabalha nessa ocupação?
Alberto: Trabalho nessa ocupação à 18.

Repórter: Qual a média de rendimento que o senhor obtém nessa ocupação por dia?
Alberto: Consigo geralmente de R$20,00 à 35,00 no máximo, por dia.

Repórter: Quantas horas o senhor trabalha por dia?
Alberto: Por dia eu trabalho das 9:00 hs às 17:00 hs. Trabalho por dia 8 hs, e tiro uns 40 mins para comer alguma coisa.

Repórter: Conte-nos como é sua rotina de trabalho.
Alberto: É uma rotina cansativa, pois há dias que não tem quase movimento, e eu acabo pegando todo o calor ou frio do dia.
Eu acordo e venho trabalhar direto, quando me dá fome, eu como alguma coisinha que costumo trazer de casa mesmo, e sigo o resto do meu dia fazendo amizades e vendendo pipoca!

Repórter: Conte-nos um fato curioso/marcante em sua profissão.
Alberto: Um fato marcante, foi quando a Dani Bananinha estava fazendo uma pegadinha para um programa, aqui na Av. , e eu pedi u autógrafo, e ela me deu! Eu fiquei surpreso, pois ela nem me conhecia e eu sou apenas um pipoqueiro. Foi uma coisa que eu fiquei feliz, e me marcou bastante.

Repórter: Conte-nos como você começou nessa ocupação.
Alberto: Há 18 anos atrás, eu fui demitido de uma papelaria que eu trabalhava, e, como tinha um filho de dois anos, fiquei preocupado, e pedi para amigos e parentes me avisarem de algo...Quando tive um único retorno, de um grande amigo meu, que me avisou que um 'cumpadre' dele estava vendendo seu antigo meio de trabalho, um carrinho de pipóca. Na hora eu aceitei, e estou nisso até hoje!

Repórter: Que opiniões as pessoas têm sobre a sua ocupação?
Alberto: Olha, as pessoas menosprezam, olha diferente até...Acho que as pessoas pensam que não é um bom trabalho, as pessoas gostam muito de dividir as 'camadas'.

Repórter: Que opiniões você tem, sobre sua ocupação?
Alberto: Ah, eu acho que é uma ocupação desvalorizada, e não muito lucrativa...Mas em casa, sou eu e minha esposa que trabalhamos, então dá para dividir as despesas.

Repórter: Quais direitos trabalhista deveriam ter os trabalhadores informais?
Alberto: Acho que algo igual o seguro desemprego, só que nos meses que vendermos muito poucas pipocas, teríamos um salário garantido.

Repórter: Dê uma declaração para nós, sobre sua ocupação:
Alberto: É muito difícil e cansativo, apesar de fazer amigos...
Por isso que me arrependo muito de não ter estudado, escutado meus pais, que pegavam bastante no meu pé...
Hoje meu filho tem dezesseis anos, e não quero de jeito nenhum que ele tenha um trabalho que não dá prazer...